quinta-feira, 4 de abril de 2024

O absurdo dessas circunstâncias.

 

                                                          Image by Fszalai from Pixabay. 





O absurdo dessas circunstâncias.



E assim estamos nessa constrangedora alteração da realidade por força dos caprichos de celerados e energúmenos de todos os espectros que margeiam o absurdo na cercania da demência política de gerenciamento da vida alheia. Vive-se uma verdadeira disputa por mais protagonismo nessa massa abjeta de deformidades sociais implementadas por grupos de influência e seus colaboradores. Entre subserviências e colaboracionismo a maior parte da nossa mídia, em todos os formatos, se entrega a infâmia de apoiar e defender a censura de opinião a troco de uns trocados em conta corrente, vejam, nem é apenas por ideologia, essa coisa não paga os hotéis, o pacote de viagem, e nem o filé mignon do cotidiano. É por dinheiro mesmo. Dane-se o país e a liberdade. Essa superficialidade na qual o povo xucro se viciou e ficou dependente. O que esses asselvajados acham que são! Ter essa ousadia infame de desejar liberdade? Este conceito se aplica somente ao exclusivíssimo clube dos privilegiados colaboradores do sistema de gerenciamento humano, parece distopia mas hoje se trata de pura realidade, o sistema se fecha cada vez mais, construindo muros impenetráveis para uma elite escolhida, não por qualidade ou capacidade, mas por incapacidade de empatia com o restante do país. A regra é: ser intolerante a tudo que estiver fora da cartilha de procedimentos previamente aprovados dentro de um comando sistemático de ações saído do inferno. Eu citei em uma das minha crônicas de 2022 e presente no meu livro Fragmentos de momento de título Escolhas o seguinte: ”Não existe virtude ao se procurar o equilíbrio entre o valor verdadeiro e a total ausência dele”. Foi isso que o governo passado fez, ao procurar alianças com gente inadequada, com velhos trambiqueiros de ficha corrida imunda, se deixou levar não por correção de rumo mas para o desvio, para ao invés de combater o erro se aliar parcialmente a ele, uns diriam totalmente. Ao se colocar água poluída numa garrafa, se contamina todo o conteúdo, não há o que fazer. Parece óbvio, mas enquanto setores de governo planejavam o desastre que temos, um governo procurava alianças inapropriadas para um governo realmente conservador. Como definiu certa vez Ortega y Gasset em uma de suas obras: “a vida é intransferível, não é um conceito abstrato, é meu ser individualíssimo. Pela primeira vez, a filosofia parte de algo que não é uma abstração”. Ao associar sua vida útil de governabilidade a elementos estranhos a seu projeto inicial o governo anterior se degenerou e perdeu identidade vital para sobreviver a todo movimento de sabotagem que estava em curso debaixo de seus olhos entorpecidos por enganos e simulações errôneas. Hoje temos o absurdo, a vida entre a insanidade governamental e a realidade cruel dos resultados colhidos por uma gestão temerária de recursos e a aplicação de procedimentos inadequados com a real prosperidade. Tudo o que se faz caminha para um desastre administrativo enorme e de consequências brutais para toda a sociedade, com larga abrangência que afetará até a camada social que se aliou a este projeto idiota por puro preconceito estimulado por ideologia, uma ideologia que já se evidenciou um fracasso absoluto em produzir resultados positivos no campo da economia. Mas os caminhos não são pavimentados apenas por economia, mas também por muita filosofia de boa qualidade, pois há também os filósofos de lupanar, que costumam produzir disparates persuasivos aos ouvidos insensatos dos ignorantes. Ortega y Gasset deixou uma boa definição para a tragédia humana: “Mas o homem é a insuficiência vivente, o homem precisa saber, percebe desesperadamente que ignora. Isso é o que convém analisar. Por que ao homem lhe doí sua ignorância , como pode doer-lhe um membro que nunca teve?”. Sem ser ignorante por natureza mas induzido a isso por cantilenas performáticas com nível de obscuridade letal, ele se perde em interpretações errôneas da vida e assim sofre por algo que lhe foi dado artificialmente para sofrer e nem ao menos sabe o motivo.


A construção mental, filosófica e psicológica permite manipulações boas e terríveis, que conduzirão o indivíduo por toda a vida, o levando a associar-se ao que tem de melhor ou pior no percurso de vida que vai ter. A exposição a infâmia vendida como filosofia no campo da educação por vários anos, perverte sua capacidade de avaliação da realidade, produzindo um ser refratário à verdade e ao relacionamento coreto na sociedade, o estabilizando na sombra existencial de uma vida de derrotas, porém vista como vitórias de algo insano chamado de coletivo. Onde nasceu para ser indivíduo, o transformaram em fragmento de um conjunto mal enjambrado chamado de coletividade. E assim sendo segue sentindo a dor no membro que nunca teve, como citou Ortega y Gasset, porque assim o construíram psicologicamente para ser sensível ao indeterminado, e acabar assim lutando contra os que tentam preservar seus próprios direitos como indivíduo. A ilusão ideológica é pertinaz e abusiva, ela destrói o indivíduo e ainda sorri de sua desgraça. E se o indivíduo percebe o truque e tenta se redirecionar rumo ao correto, é tratado como um apostata, que rejeitou sua fé e seus princípios mais caros. Entenda; o braço não existe, mas é fundamental sentir que ele doí. Quem é você para dizer que não! O processo de construção de personalidade tem sempre que privilegiar o indivíduo, ensinar a lutar no mundo onde se encontra para ser individualmente apto a viver sua vida em processo de expansão de evolução positiva e assim uma vez qualificado, estar pronto para interagir com outros indivíduos e gerar interação qualificada e construtiva, e não o rebanho anterior formado por descerebrados socialistas que se masturbam incessantemente na ignominia dos seus erros. Não são favoráveis para nós, os que pensam em liberdade nessas circunstâncias, e assim voltando a filosofia de Ortega y Gasset temos: “As etapas decisivas duma civilização se determinam e se discernem, evidentemente, como modificações da relação fundamental entre os dois grandes componentes da vida que são, de um lado, as necessidades do homem, e, de outro, suas possibilidades”. Então, entre necessidades e possibilidades não podemos abrir mão da liberdade, de pensar de ir e vir, de escolher o que queremos ser na vida, um sucesso e até um fracasso absoluto, porque se foi uma escolha consciente, algo como um ascetismo predominante e complementar na estrutura da alma que ainda sob condições severas tragam o conforto ao indivíduo, assim deve ser aceito como escolha particular e definitiva na independência do ser. A ninguém e a nenhum sistema de governo deve ser entregue a capacidade de intervir nas particularidades do homem, a vida é algo precioso e individual, tão precioso que não deve ser gerida por terceiros que não entenderão suas particularidades e necessidades, e ao tolher o progresso individual com legislações de agrupamento bovino, a condição primordial de liberdade plena é aviltada e demolida para ser substituída pela infâmia da eliminação do bem mais precioso da sociedade livre, ter posse de si mesmo e de suas ações. A eliminação da liberdade e a substituição por um sistema de controle grupal, governos desumanizam a população transformado a todos em números padronizados que podem ser realocados ao bel prazer de seus comandantes, algo sem vida e sentimentos como um gigante almoxarifado vivo de ativos biológicos sem vontade própria e direitos. Não é segredo que elites endinheiradas e ideólogos coletivistas sonham com a redução da população mundial a um estoque onde seria possível remanejamento e descarte de gente como pacotes de algum produto com validade vencida, resta saber, se os ainda lúcidos vão permitir que essa aberração filosófica continue a ter sucesso e a ser implementada na nossa cara. O absurdo só prospera porque quem pensa nada faz para contenção dessa coisa saída do inferno, e se nada for feito, realmente, se prepare para receber seu código de barras, tem um lugar para você em alguma prateleira neste infinito estoque de coisas que um dia foram gente. Você prefere ocupar a primeira ou alguma prateleira intermediária? Lamento, nem isso você poderá escolher.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.


Citações:


Origem e epílogo da filosofia José Ortega y Gasset, Vide Editorial.


O que é filosofia? José Ortega y Gasset Vide Editorial.


Fragmentos do momento Gerson Ferreira Filho, Editora Delicatta.



A seguir os livros e os links para comprá-los  na Editora Delicatta.


https://editoradelicatta.com.br/?s=gerson&product_cat=0&post_type=product







Nenhum comentário:

Postar um comentário