quinta-feira, 16 de março de 2023

Essas coisas.

 

                                              Imagem de PeggyChoucair por Pixabay.


 Essas coisas.



Assim, neste momento holístico, onde todo desejo está virando lei e submetendo toda vontade conservadora ao padrão hedonista de grupos específicos não podemos assim entender se palavras possuem sentido ou se poderão ser apenas miragem ocasional de um contexto alvoroçado na débil estrutura de um desassossego fugaz. E nessa efemeridade estrutural ainda assim consegue moldar a realidade contando com a complacência cultivada, onde se produziu a desorientação de valores específicos para que obtenham o resultado esperado. Nem as urgências do tempo serão capazes de demover celerados de um objetivo que acabará de qualquer forma destruindo a todos, inclusive eles. Mas poderíamos fazer algo para interferir no cenário? A extensão do desastre cognitivo é colossal, não existe nessa gente vestígio de remorso, porque para possuir essa inquietação se faz necessário possuir uma estrutura básica de espírito que entenda que algo de errado foi realizado, ou está em prática em determinado momento. E se não reconhecem o erro, não existe julgamento interior que possibilite uma avaliação e reorganização conceitual do que se faz. Dentro dessa gente tudo é deserto onde areias murmuram com o açoite do vento no infinito vazio e na monotemática paisagem pobre de argumentos que foi propositalmente produzida para exatamente isto, não ser capaz de ter flexibilidade cognitiva. Esterilizados e preparados para um único viés não possuem condição para uma mudança de perfil comportamental além da programação recebida. Entendam, o que se propõe aqui é para se ainda existe uma alternativa para que a pouca vida inteligente consiga sobreviver. Ou se todos nós que aqui chegamos neste momento histórico da existência humana, realmente chegamos até aqui apenas para testemunhar o colapso da civilização no que hoje podemos considerar como o ápice tecnológico de todos nós. Hoje temos um contexto fútil, apegado em necessidades arremessadas ao vento para procriar, mesmo que sejam destrutivas. Vale muito citar Michel de Montaigne que já nos idos de 1580 citava: “É espantoso de quão vãos começos e frívolas causas costumam nascer opiniões tão divulgadas”.



Vivemos assim na época da causa superficial, inútil elevada à coisa primordial da construção social, como pode dar certo? O que deveria ser periférico virou norma consolidada nessa sociedade que na sua arrogância confortável do progresso tecnológico só vê reformulação de costumes estabelecidos pela tradição. Neste impulso insano a propaganda age como o delimitador de insanidade onde se objetiva uma sociedade pautada somente por vontades e desejos ocultos, outrora abrigados pelo recato obsequioso do respeito a norma e a lei correta. A permissividade como regra e não mais a conduta civilizatória que trouxe-nos até aqui. Na textura da mesóclise esforçar-me-ia humildemente para fazê-los entender que este caminho levará ao fim de todos, e não somente aos poucos conservadores que ainda resistem bravamente em tão insalubre terreno. Pois, enfim, apenas quem deu início ao processo deve saber como interromper a insanidade se assim realmente em algum momento desejar. E Michel de Montaigne também faz uma abordagem adequada a respeito de condições assim: “O conhecimento das causas cabe apenas àquele que tem o governo das coisas, não a nós que só temos de aceitá-las e que temos o uso totalmente pleno delas, de acordo com nossa natureza, sem penetrar-lhes a origem e a essência”. Então, deve surgir naquele vazio de hipóteses, o deserto interior que se constitui a atual liderança humana, algo fortuito e magnífico que mude a trajetória na qual caminhamos. Porque somente eles que conduzem, conhecem a origem e a essência do plano, e o plano está organizacionalmente enviesado e conduzirá ao desastre. O trabalho mental tem de ser específico sem ser exclusivo, impossibilitando o tédio do argumento vazio. Despir a arrogância contumaz e abrir espaço para o raciocínio lógico que venha a mudar o rumo de tudo isso. Ou Essas coisas vão levar todos a receber o preço da ousadia. Não existirão margens seguras para um adormecer e um despertar civilizado.


Então, vamos entre essas coisas vazias, sem propósito e se realmente algo extraordinário não se apresentar para mudar a textura dessa realidade, estaremos em breve comendo insetos e vermes, caso você venha a ter filhos, muito cuidado com crianças, pois molestadores infantis terão benefícios e serão protegidos por lei, afinal, são apenas dominados por um impulso que não podem conter, e sendo assim protegidos por lei. Caso você que hoje lê tudo isto tenha ou pratique algum culto religioso que possua uma doutrina moral, o faça escondido, pois será crime. Somente a carne será cultuada, e em larga escala consumida. Sim, já existem hoje sanduíches com sabor carne humana, para que exatamente seria isto? Ora, para adaptação, quando viermos a ter disponibilidade no mercado da real carne humana, provavelmente proveniente da classe menos favorecida. Tudo se aproveita nesse novo mundo. E com a eutanásia consentida para qualquer um que queira deixar este mundo, por qualquer problema, uma decepção, uma doença, um fracasso profissional, não faltará matéria prima para encher muitas linguiças. É bom saber antecipadamente que ao praticar eutanásia consentida, seu lombo entrará no roteiro gastronômico de alguém. Parece distopia literária? Não amigos, é a realidade que se desenha e se consolida se ninguém fazer nada. Ah, a justiça? Essa será just in time, customizada para cada situação a ser abordada. Esqueça o arcabouço legal existente, até porque ele não mais existirá. Nesse Toyotismo jurídico quem tiver mais influência leva o prêmio. Como uma frase citada em filme de ficção científica: Bem-vindo a aridez do mundo real. Nesse espaço mental de uma era de desatinos o que temos no inconsciente coletivo é apenas areia, realmente, e daí nada poderá sair para amenizar o nosso sofrimento. Jamais espere humanidade de quem se desumanizou por decisão própria. Essas coisas…



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.




Citação: Michel de Montaigne Os ensaios livro 3. Martins Fontes Editora.


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