quarta-feira, 10 de maio de 2023

Limite indeterminado.

 

                                                     Imagem de Un-Perfekt por Pixabay.




 Limite indeterminado.



Quando e por que haveria fronteira na percepção humana do sentimento? Que só sente e por sentir e dá sentido existencial e propósito de estar aqui, neste exato momento aflito que nos consome entre devaneios palpáveis de um contexto dissipado por insanidade? Seríamos tanta profundidade cênica se flutuássemos apenas entre objetividades e não entre atributos complexos? Desejar pertencer a algo, ser de alguém e assim possuir o outro, essa impenitência subjetiva que incomoda profundamente como uma ansiedade perversa que faz a existência não ter fim nesse momento finito de todos nós. Essa coisa que impele indeterminadamente a certeza de existir, de ser por uma causa, de viver em um olhar trocado fortuitamente com qualquer alguém que incertamente possa de alguma maneira fechar o ciclo de totalidade de um querer. Aquele algo inconvenientemente delicioso que paira imponderável na natureza incontinente e perversa que parece se divertir no limiar de todos nós. Estamos perdidos entre atributos e conceitos nesse emaranhado de sensações complexas, em fuga e necessitando de apoio abstrato que se faça perceber na sua sutileza peculiar de indeterminação construtiva. Apenas um pressentimento que possa delinear o arcabouço neste contexto famélico que tenta eliminar o amor. Pois a ele realmente tudo pertence e a ele se alinhe todo o caminho que lhe seja decorrente da sua natureza infinita. Locupletaremos para isso toda e qualquer razão subjacente ao momento oportuno pois de necessidade se constitui nosso contexto, carente de premissa para ser início e obter a aguardada contestação como confronto, que vai enfim, dar consistência a ocasião. Algo não flui? Alguma coisa parece errada estruturalmente em todo esse desejo? Ora! O desequilíbrio se dá onde o desejo passa a ser o objetivo principal dessa circunstância que ousada e inadvertidamente entra em desequilíbrio e deforma o momento.


Toda essa realidade está mergulhada em metafísica e na verdade como vocês devem saber não tem fundo, metafísica não tem limite, seu espaço vital consiste em ser universo e portanto, não há como ser delimitada, não cabe na vulgaridade do pensamento comum. Temos que aceitar e conviver com esse conflito inconveniente porém de forma concreta e inesperadamente ousado, que se instala na borda desse desequilíbrio ocasional que procura se tronar permanente na realidade cotidiana de todos nós. A realidade não está deformada, nós impusemos a anomalia neste axioma onde nos situamos. O fundamento foi negligenciado na sua forma básica, para ser substituído por utopia, e as necessidades de um absurdo costumam ocultar do entendimento seu real propósito, a decomposição social para fins de conflito. Sim, nós permitimos, ao considerar um improvável fim da história, e a partir dai nos deliciamos e fomos negligentes com a construção da próxima geração que viria a nos comandar e gerenciar com o inevitável passar das horas que se acumulam como tempo. Com a paz histórica alienamo-nos entre prazeres e conforto, tiramos décadas de férias no mundo do pós-guerra e não percebemos ou não nos preocupamos com os ressentidos, aquela turma que viu coletivismos morrerem, mas não viu com atenção que um sobreviveu. Sobreviveu cresceu e ruiu, como os pedaços de um muro icônico em uma tarde noite alemã. As ocasiões oportunizam métodos, e a partir desse ponto o que parecia enfim destruído na verdade se fortaleceu nos espaços fragilizados da cultura e da educação. A cooptação da juventude ocidental nunca parou, mas o esforço dos feiticeiros comportamentais recebeu um apelo mais dedicado na construção desse almejado mundo melhor. Sempre que escutar alguém falar que deseja um mundo melhor, fuja o mais rápido que puder dessa pessoa, ela não é de confiança. Todo transformador social tem sérios problemas e normalmente o que ele defende causará a morte de muita gente. Não seja um dos eliminados. O mundo, a civilização em si não precisa de arquitetos, desde as tribos caçadoras-coletoras até aos primeiros assentamentos civilizacionais estruturados como cidades, a ocasionalidade unida ao mérito de alguns que se destacam em liderança delinearam a base da organização social e sua hierarquia. Hoje o fruto do nosso descuido nos comanda e impõe as sandices de percepções sensoriais trabalhadas como um cronograma a ser implementado custe o que custar.


Assim estamos aqui, placidamente flutuando entre parêntesis do indeterminado detalhe de um aforismo antigo, onde fica estabelecido que os que não cuidam de seu futuro terão o que vier. Como numa poesia trágica que encerra o último ato dessa peça existencial, que a todos envolve e cobra seu preço. Vamos pagar a negligência, e dessa forma lógica não se lamente, supere e recupere fôlego, existe versatilidade dentro de todos nós. A adaptação surgirá como necessidade latente, e construirá caminhos nessa selva rude que se formou na realidade. Um infinito de possibilidades está a disposição, qualifique-se e aguarde a ressonância do universo que proporciona na ocasião uma textura básica para a nova pauta conceitual que reestruturará a autenticidade do agora. No fim, a realidade se reorganiza, e o viável prossegue e o inviável colapsa. Na nossa conceituação cósmica específica não há espaço para a anomalia, ela surge, prospera por tempo limitado e sucumbe em meio a seus vícios de origem. Na verdade podemos até presumir que ela faça parte da purificação de almas na forja do Criador. Afinal, o que seria de todos nós se não existisse o desafio?



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.


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