sábado, 25 de maio de 2024

Os números do caos.

 

                                                    Image by Steve Buissinne from Pixabay. 


 Os números do caos.



Escapando pela algibeira insensata de um processo viciado, temos o resultado certo de uma estrutura que se apresenta coagulada por parâmetros imprudentes. Não há possibilidade de fluxo evasivo, pois não existe têmpera alternativa no cenário, onde todo e qualquer indicador se sustenta sem remuneração mínima exigida para apoio financeiro de um mercado saudável e próspero. Com ativos canibalizados e o circulante sem liquidez plausível a sincronia do aplicativo chamado governo perde a modulação saudável para estabilização das necessidades óbvias de gerenciamento econômico e financeiro. Como um dano sofrido de forma permanente caminhamos para uma atmosfera de lucro cessante onde o retorno esperado não será mais possível. Se sobrar alguma coisa, teremos de calcular o coeficiente de depreciação para tentar um processo de recuperação escalonada com as relações de custos e despesas para em função da vida útil que restar no espólio, salvar algum valor residual. Ativos são recursos econômicos mantidos na expectativa que possam gerar benefícios econômicos, mas se são atacados e destruídos, não existirá de onde retirar alguma lucratividade. Quem desejar ter um conhecimento superior nessa área eu recomendo o livro de Alexandre Assaf Neto, Estrutura e Análise de Balanços, para conseguir acompanhar o desemprenho de uma gestão financeira. Enfim, o governo é uma empresa, uma enorme empresa, muito diversificada quanto a sua atividade gerencial em um número enorme de atividades e se não possuir gente qualificada comandando essas áreas não é preciso ter bola de cristal para prever que tipo de resultado terá. Da simples demonstração de resultados de um exercício até ao fechamento do Balanço, os resultados se mostrarão e precisarão ser corrigidos, ferramentas técnicas existem para o controle e acompanhamento do desempenho e dos resultados. Ativo, passivo e patrimônio líquido são a estrutura de um balanço. Onde, explicando de forma reduzida aqui, Ativo relaciona-se com todas as aplicações de recursos efetuadas pela empresa, o Passivo representa a exigibilidade e obrigações da empresa cujos valores estão encontrados investidos nos ativos. E o Patrimônio líquido representa a diferença entre o total do ativo e do passivo em determinado tempo. Bom, estamos falando de seriedade e profissionalismo, claro que após a coleta e o estudo dos resultados do período, se faz necessário produzir um orçamento para o próximo período onde será colocada a previsão de desempenho, que deverá levar em conta as expectativas do mercado, o ambiente, e as possíveis interferências, o planejamento para corrigir o que foi encontrado de errado no período anterior, essa previsão sempre tem por base o exercício passado para servir de orientação e projeção de possíveis e plausíveis resultados, sempre. Para os que nunca trabalharam com isso, posso adiantar que participam do processo: gerenciamento, marketing, controladoria financeira e administração, é um trabalho em equipe onde com profissionalismo se persegue a qualidade nos resultados, e estes resultados podem ser de uma empresa, de um empreendimento e de um governo. Sabemos que governos possuem um fator de desestabilização natural chamado política, onde na maioria das vezes, a seriedade é abandonada para que se adote a versatilidade despudorada da conhecida “maquiagem” dos números. Mas números são números, são exatos, e não costumam ser muito amigáveis com disparates, mesmo os organizados. A negatividade de desempenho pode até ser camuflada temporariamente, mas um dia ela aparece como falência, e a falência de um governo é um desastre completamente catastrófico para um país. E o atual governo se empenha muito para conseguir esse resultado. Na verdade, nós somos os proprietários dessa empresa chamada Brasil, e neste ponto Assaf Neto explica: “Ao produzir um resultado inferior à remuneração mínima exigida por seus vários capitais (credores e acionistas), a empresa sofre uma redução de seu valor de mercado, destruindo parte da riqueza de seus proprietários”. Ou seja, óbvio, um governo irresponsável prejudica a todos nós. O que leva a pergunta: por que sempre elegemos gente da pior espécie? Aqui temos diversos fatores; de banho ideológico, que não leva em conta a qualidade, a falta de cultura e intelectualidade rasteira e sem um bom parâmetro de referência. O ensino básico e médio é desastroso atualmente, o ambiente universitário se transformou numa madraça doutrinária de esquerda, onde uma legião de fanáticos aguarda inserção no mercado que supostamente produz. Mas na verdade, essa gente não tem capacidade de produzir nada.


Este conteúdo financeiro de controle deveria fazer parta do ensino médio nas escolas, teríamos uma geração de jovens com habilidade de realmente fazer a diferença no mercado de trabalho, mas o que interessa aos nossos ideólogos do sistema educacional é pregar os delírios de Karl Marx. Assim, entre planilhas de: receita total, receita por proporção, distribuição de receita, market performance, DRE, custo fixo, custo variável, lucro operacional bruto, despesas pós lucro, resultado, ativo e passivo, inadimplência e obrigações em atraso, essa gente não possui a mínima noção do que se fala verdadeiramente. Não por acaso somos um desastre nessa questão organizacional de gerenciamento, coisas básicas são negligenciadas e sendo assim nosso cotidiano vira um inferno com circunstâncias infames flutuando na textura da realidade. Bom amigos, neste caso teremos de incluir em posterior análise o teste de impairment, avaliação de deterioração para encontrar o ponto de possível recuperação, mas até para isso precisa saber o que deve ser feito. Assaf Neto explica: “Impairment significa a redução do valor recuperável de um bem ativo. O objetivo da aplicação desse instrumento é ajustar o valor contábil do ativo ao seu valor econômico. A perda de valor de um bem ativo pode ser reconhecida pelo seu valor de mercado, pelo valor de ativos comparáveis negociados no mercado, ou através do cálculo do valor presente de seus benefícios futuros esperados de caixa”. Claro, a recomendação não acaba neste ponto, por isso aconselho a leitura e o estudo desse livro. A área não é trivial e básica, exige profundidade de conhecimento, será que temos isto no atual governo? Dentro de todas as coisas presentes no nosso passivo exigível está a nossa tradicional vocação para divergir da realidade, e adotar o mau procedimento. Entre circulante, não circulante, capital social, reservas de capital, ajuste de avaliação patrimonial, reservas de lucros, prejuízos acumulados , ações em tesourarias, temos a nós, o principal fator que temos que cuidar, e se não cuidarmos de nós mesmos, nosso futuro será de caça e coleta em algum ponto do futuro, no que restar de sociedade para nós. A pauta progressista atual trabalha freneticamente para conseguir esse resultado.





Gerson Ferreira Filho.



ADM 20 – 91992 CRA – RJ


Citação:


Estrutura e Análise de Balanços. Alexandre Assaf Neto. Editora Atlas.


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