terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Um peso para cada decisão.

 

                                                  Image by WOKANDAPIX from Pixabay.


Um peso para cada decisão.



No arrojo da hora, entre momentos, onde frequentemente o ultraje se torna explícito, se faz necessário medir os cantos do contexto, para que assim possamos nos situar distante da margem dos perigos da inconsequência enigmática com seus içamentos sedutores objetivando tentar arregimentar súditos para sua perversidade natural. Nada é o que parece, nunca é ocasional na furtividade específica do mal. Não acredite em coincidências, nada acontece sem um planejamento prévio dos espaços delimitados entre o frenesi e a razão. E se astuto é o adversário, precisamos possuir discernimento aguçado, para evitar a sutileza de toda e qualquer armadilha oculta na textura desse agora. Estamos mergulhados em tempos perigosos, onde a compreensão da realidade já não é mais tão diversificada e abrangente, o que faz muitas vezes provocar um efeito de flutuação surgente nos detalhes da estrutura humana de civilização. Detalhes antes consolidados evaporam e se dispersam entre abominações perversas de relacionamento, provocando um retrocesso subliminar no entendimento da realidade que constitui nossa base de sustentação. Este é o objetivo de quem nos odeia, retirar-nos da segurança estável para inserir-nos na balburdia da controvérsia, e assim, triturar-nos no leito polêmico de seus objetivos malignos. Não sejamos neste momento, mansos, há necessidade de resistência sarcástica na curva de uma surrealidade holística e abrangente que possa abrigar uma ironia meticulosa para desequilibrar o planejamento de quem quer nos destruir. Se o sentido não tem sentido, sentiremos e emitiremos sensações metaforicamente análogas ao contexto, produzindo ambiguidade proposital para desespero do adversário. A construção de um paralelismo de realidade se faz necessário para sobreviver filosoficamente nessa ocasião implacável. Construa conceitos onde a incapacidade de análise do antagonista não consiga penetrar. Lembrem-se, os estultos não trafegam bem na via da imprecisão linguística da sintaxe. O jogo tem de migrar para o campo onde eles são frágeis, a inteligência. E a maior armadilha para o que é suposto é a suposição e o convencimento de ser o que realmente não é. Dê corda e eles se enforcam com ela. O subterfúgio do conceito reveste a ação para iludir quem pensa ser capaz de ter lastro para manter a estabilidade, e se neste momento tiver um surto de arrogância, melhor ainda, o desequilíbrio emocional se torna perfeito para delinear a derrota. Enfim, se trada de uma operação psicológica, como costumam dizer hoje. Não é natural ser dominado por quem é inferior, a qualidade sempre se sobrepõe com um desempenho de qualidade quanto ao cenário. Devemos lembrar que boa parte dessa gente que nos domina hoje não tem profundidade nem nos conhecimentos básicos de língua portuguesa, matemática básica, geografia e história. Coisas que no passado eram de abordagem de escola primária. Por qual motivo devemos temer tanto essa gente? A abrangência intelectual da maioria que pretende nos escravizar é curta. Não conseguem manter um breve diálogo sem ofensas ou sem impor sua autoridade conferida por seus pares, tão néscios quanto o agente do conflito verbal. Não ousaria tentar explicar o conceito Ad hominem para essa turma.


Então, vamos nos manter nessa “ausência de presença”, oferecendo-nos ao arbítrio supostamente intelectual da ocasião, ou divergiremos conceitualmente dessa realidade artificial montada por idiotas? A filosofia surgiu na Grécia de acordo com Ortega y Gasset quando esses povos, segundo ele, alcançaram a “época da liberdade”. A democracia surgiu lá também, Essa coisa vilipendiada por tanta gente que usa seu conceito como biscoito canino. Ele, o filósofo aborda muito bem o erro de associar liberdade ao direito e à política. Foi um erro, que ao se decompor o conceito e monstruosidades foram criadas a partir da base da ideia. Assim vamos com o filósofo: “A liberdade é o caráter que a vida inteira do homem toma quando seus diversos componentes chegam a um certo ponto em seu desenvolvimento, produzindo-se aí entre eles uma determinada equação dinâmica. Ter uma ideia clara do que seja “liberdade” pressupõe ter definido ou encontrado, com algum rigor, a fórmula dessa equação. Provavelmente toda civilização ou curriculum vitae dum conjunto de povos afins passa por essa forma de vida que é a liberdade. É uma etapa luminosa e breve que se abre como um sol de meio-dia entre a manhã do arcaísmo e o declínio vespertino, a petrificação e a necrose de sua velhice. As etapas decisivas duma civilização se determinam e se discernem evidentemente, como modificações da relação fundamental entre os dois grandes componentes da vida que são, de um lado, as necessidades do homem, e, de outro, suas possibilidades”. Quando abandonamos nossas necessidades e nossas possibilidades? Em qual momento jogamos fora o desejo de ser livre e nos sujeitamos placidamente à anomalia política que submete a todos nós ao desejo de poucos? Assim, permitimos a violência conceitual de raciocínios inconsistentes tomar posse da realidade como se fosse uma obrigação dar espaço ao que existe de pior. O que pregam e o que implementam é uma fraude, e a evidência pode ser vista nos resultados, tanto na economia quanto no impacto social que causam. Essa balança supostamente democrática está usando pesos fraudulentos, e a equação não se equilibra. Então, destino fechado, nos entregamos ao suserano moderno, ao qual devemos honra e ao qual suplicaremos alimento como bons vassalos e nos manteremos em alguma gleba concedida para que possamos existir. Este é o desenho social que se avizinha, cevado nos conceitos coletivistas considerados uma evolução social. Está bom para você jovem? Eu sou um velho no epílogo da vida, mas você passará seus melhores anos nessa situação horrível. Compete apenas a você salvar seu futuro, ou aceitar a cota de ração que vão lhe fornecer para sobrevivência, entende? Sobreviver e não viver de verdade, apenas quem é livre vive. Veja bem, um pequeno país sul-americano conseguiu resolver sua segurança, virar um país seguro. Provavelmente atrairá investimentos, empresas, industrias e certamente turismo, porque todos vão para onde há segurança. Expurgou qualquer tipo de garantismo, de condescendência com o crime, praticamente eliminou o amor bandido que uma parcela da sociedade hoje cultiva por criminosos, e assim se transformou em um lugar onde a ordem prevalece. Alguns intelectuais de almanaque aqui estão chocados, que absurdo! Essa gente prefere a nossa violência brasuca descontrolada, com bandidos cheios de direitos e garantias, ao pacífico cotidiano onde todos os vagabundos estão enjaulados.


Este cacoete de amor de cadeia da esquerda vem de longe, quando algumas personalidades do passado cumpriram pena, e alguns morreram na defesa de uma ideia de jerico, estimulada por agentes de fora do país. Esse sentimento foi cultivado nas novas gerações, embora nenhum deles tenha cumprido nem apenas um dia de cana dura. Mas o perfil foi delineado para sentir o criminoso como um injustiçado social, eventualmente, um ou outro pode ser, vivi em áreas carentes, e vi injustiças por parte dos representantes da lei, mas a verdade é que o s governos sistematicamente, ano após ano negligencia o trato ideal com a população, não há escolas profissionalizantes, não há bons colégios, não há saúde e para complementar o desastre, tornaram proibido o menor de idade trabalhar, claro, que o trafico de drogas não segue essas regras. Então, ao jovem de comunidades, apenas sobra trabalhar para traficante. Não pode arrumar um emprego de verdade no comercio, numa oficina, onde iria aprender um ofício. O traficante agradece a colaboração governamental e expande seus negócios, ele, o traficante passa a ser o único agente social de socorro para a comunidade, onde aquelas políticas “deliciosas” progressistas nunca chegam. Um progressista se comporta como o totó atrás do portão fechado, late muito, faz uma algazarra mas não abra o portão viu? Ele foge. Não resolve nada. No discurso político de palanque e de assembleia sindical é feroz, enquanto os políticos que ele apoia roubam a empresa na qual ele trabalha. No fim deve receber um agrado, para permanecer firme na luta, um pedaço de osso para roer, ou até algo mais sofisticado. Parece incompreensível, mas essa gente apoia quem rouba até seu próprio plano de aposentadoria, e prossegue apoiando o ladrão com todo amor e dedicação possível. O que mais posso dizer de gente assim? Pagar por mais de quarenta anos um plano de previdência social particular caro, e no final, na aposentadoria não receber o valor que lhe é devido por contrato porque o político que você sempre apoiou, roubou ou investiu mal em administração temerária os fundos garantidores e o volume financeiro pertencente ao plano. A ideologia afeta a alma corroendo qualquer parâmetro de avaliação da realidade. E assim se passa a trabalhar com pesos viciados e com uma balança preparada para fazer você sempre perder. Dê um jeito nisso, eu não tenho muito tempo aqui para abrir seus olhos.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CEA – RJ.



Citação: Origem e epílogo da filosofia. José Ortega y Gasset. Vide Editorial.


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